quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

half of what I say is meaningless, but...



Exatos trinta anos se passaram desde que tive minha primeira lição sobre a morte. Eu não poderia compreender muito, tinha apenas dois anos de vida. No entanto, isso não me impediu de chorar na companhia de minha irmã a morte daquele que já era meu Beatle preferido.

Dessa primeira lição eu depreendi, com a cabecinha de criança, apenas duas coisas; uma é que aquilo era ruim, a outra é que a morte era, também, permanente. Demorei 29 anos para tirar de mim noção de que a morte é algo ruim, que é algo natural aprendi muito antes, mas a aceitá-la e respeitá-la, apenas alguns anos atrás. Espero, quem sabe, um dia, perder a noção também de que ela, a morte, é permanente, porém não visando meu próprio benefício. Dificilmente eu, mesmo vivendo inúmeras vidas, faria alguma diferença para o mundo, apenas ocuparia espaço.

São apenas pessoas da categoria do Lennon que merecem muito mais que apenas uma temporada por aqui.

À sua memória (e um possível retorno), faço um brinde. Obrigado por tudo, John. Pra sempre.