
Alguém em algum lugar, ouvindo-os, chamou-os de Post-Rock e assim iniciaria-se a aventura sem precedentes pelos relaxantes vales e planícies musicais de um dos mais injustiçados grupos dos últimos vinte anos.
Toda a abrasão caracterísitica do Rock praticamente inexiste em Hex, seu desafio consiste em seus tempos quebrados, suas melodias frugais e soporíficas, seus prolongados momentos instrumentais. Porém, se trata de um desafio que aceita-se de braços abertos. Um desafio que traz uma recompensa que vai muito além de apenas gratificante, sendo também graciosa e pacífica. A sensação é a de caminhar por entre nuvens, suspenso no ar, envolto em agradável solidão, banhado por uma morna luz do Sol que é suficiente apenas para iluminar e afastar o frio.As camadas sobrepostas das guitarras cristalinas e a voz suave de Graham Sutton, o hábil retumbar comedido e apósito da bateria Mark Simnot, as tortuosas linhas de baixo de John Ling e o requintado piano de Daniel Gish são os simples elementos para criação de delicadas melodias que inspirariam outros grupos à seguir os caminhos desbravados por Bark Psychosis. Caminhos que levariam à aparentemente infinitos domínios etéreos livres para experimentações sem comprometimentos, porém acessível apenas aos poucos com paciência e sensibilidade suficiente para encontrar a beleza que reside nos mínimos detalhes.
Bark Psychosis - Absent Friend
(do disco Hex)
Bark Psychosis - Hex

01 - The Loom
02 - A Street Scene
03 - Absent Friend
04 - Big Shot
05 - Fingerspit
06 - Eyes & Smiles
07 - Pendulum Man
Discografia:
Hex (1994) * * * * * √
Codename: Dustsucker (2004) * * * * *
√ - (Volume 11 pick)
Um comentário:
Ouço o Bark Psychosis a uns 5 anos e ainda não conheci banda mais injustiçada. Sem dúvida algumas, esta é uma das grandes bandas de sempre...
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